terça-feira, 15 de setembro de 2009

agenda da Cantora antropomórfica



data: 11/10/09

Teatro Municipal de Cabo Frio - Programação de aniversário
Rua: Aníbal Amador do Vale, s/nº - Algodoal. Cabo Frio, RJ.


data: 13/11/09

Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo.
Rua: Monte Alegre, nº306 - Santa Tersa. Rio de Janeiro,RJ.



quarta-feira, 2 de setembro de 2009













a cantora antropomófica. 22-08-09.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009















a cantora antropomórfica - Cena final. 20-08-09

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

a cantora antropomórfica - crítica

por José Facury Heluy

Lógico que, mais fundamental para o teatro não tenha que ser o puro entendimento que o público deva buscar para entrar na trama relacional, mastigando de forma fácil aquilo que lhe está sendo mostrado. Por tal, considero de vital importância termos algumas clarezas de alguns vínculos primordiais que revele de alguma forma as similitudes de alguns signos que favoreça o mínimo de informações que busque identificações possíveis entre o que está no texto e a pesquisa requerida.

O espetáculo tem de tudo que uma pesquisa atoral necessita: desmembramento, espasmos interpretativos, a palavra sendo usada como impulsionadora das ações, personagens que não são dois, mas um só e tudo o mais que uma importante pesquisa umbilical interpretativa precisa estão presentes na Cantora Antropomórfica, e, lógico que, se foi mostrada é porque os seus fazedores chegaram a conclusão de que, pelo menos, encerrou-se uma das etapas e como trata-se de um trabalho em processo também conjectura-se que agora também é a hora de deixar as coisas um pouco mais claras que, imagino eu, devem estar no texto. Por exemplo, que é esse ser? Que conflitos foram os geradores desses espasmos, dessa dor, dessas quebras, dessa angústia, para que o público não os veja apenas como pessoas loucas, ou até vejam se for esse o objetivo. Só para instigar o próprio título, que animais impulsionadores desses pontos de tensão impulsionavam os personagens? Com o objetivo da comunicação, poderem investigar bem mais o sentimento ou entendimento da obra, a partir do imaginário que a palavra antropomórfico, suscita.
Como sugestão, sugiro que trabalhem mais os animais correspondentes a cada unidade dramática, talvez possa surgir daí idéias que deixem mais claro para o público menos especialista quem é aquele ser, além das debilidades mentais (sic) que o impulsiona.



a cantora antropomórfica - crítica

por Jiddu Saldanha


Uma luz geral semi-opaca com algumas áreas delimitadas no chão do teatro, dando até a impressão de acaso, duas cadeiras e um aparelho de som, somado das interpretações dos atores, bastou, para jogar o público num ambiente de claustrofobia e angústia sufocada. O esquete “A Cantora Antropomórfica” foi um trabalho que ousou pela qualidade de sua pesquisa e profundidade desafiadora do texto.
O desapego do grupo em chegar no festival com uma peça capaz de impressionar e levar prêmio, foi recompensada por uma justa classificação para a final, onde, sem dúvida, o quesito em questão era o experimentalismo da linguagem e, neste sentido, podemos dizer que o elenco sustentou com garra a proposta.
Joana esteve mais forte na primeira apresentação, já na segunda, Rafael, conseguiu, talvez vencer a angústia do ator para mergulhar na essência da personagem e, portanto, da arte de atuar, e nós sabemos, tratar-se de um ator sensível, criativo e capaz.
Ao final de tudo, concluímos que um dos pontos fortíssimos deste espetáculo foi a paridade do elenco. Num trabalho desses não se pode ter um ator bom e outro mais ou menos. Neste caso, os dois precisam render muito, é necessário que o jogo se estabeleça e que o combate comece logo para que o público possa fazer sua escolha. Ou entra dentro da estrutura proposta ou permanece à margem da “viagem” do diretor.
Aqui, podemos dizer que “viajamos” numa história onde os fragmentos de memória reconstruía uma personagem - seria a “Cantora”? - dentro de nós.
A decisão do diretor em propor um trabalho onde elementos caros ao teatro ficariam de fora, tais como, iluminação esmerada, maquiagem e figurinos rebuscados, deram ao trabalho uma outra qualidade, fazendo-nos focar principalmente na “maneira” de contar essa história.
Para mim, “A Cantora Antropomórfica”, ganha por experimentar, ousar. Provoco o grupo, no entanto a seguir pesquisando e mergulhar em ensaios que possam leva-los à transcendência. Experimentar requer a quebra de paradigmas, navegar por áreas desconfortáveis mas, a repetição, o treino, o ensaio constante, pode revelar cada vez mais, o sabor de um novo caminho.
Que vença o inconformismo!


a cantora antropomórfica - ficha técnica

Duração: 20 minutos

Direção: Jonas Arrabal

Autor: Jonas Arrabal

Atrizes/atores - Personagens:
Joana Xênia – cantora antropomórfica
Rafael Rodriguez – cantora antropomórfica

a cantora antropomórfica - sinopse

Um personagem, num espaço/tempo indeterminado, vasculha as gavetas de sua memória de forma quase catártica. Imagens, sons, palavras vão surgindo e se encaixando num jogo entre realidade e ficção que constitui a sua própria vida. Uma peripléia a partir de um discurso amoroso.