segunda-feira, 24 de agosto de 2009

a cantora antropomórfica - crítica

por José Facury Heluy

Lógico que, mais fundamental para o teatro não tenha que ser o puro entendimento que o público deva buscar para entrar na trama relacional, mastigando de forma fácil aquilo que lhe está sendo mostrado. Por tal, considero de vital importância termos algumas clarezas de alguns vínculos primordiais que revele de alguma forma as similitudes de alguns signos que favoreça o mínimo de informações que busque identificações possíveis entre o que está no texto e a pesquisa requerida.

O espetáculo tem de tudo que uma pesquisa atoral necessita: desmembramento, espasmos interpretativos, a palavra sendo usada como impulsionadora das ações, personagens que não são dois, mas um só e tudo o mais que uma importante pesquisa umbilical interpretativa precisa estão presentes na Cantora Antropomórfica, e, lógico que, se foi mostrada é porque os seus fazedores chegaram a conclusão de que, pelo menos, encerrou-se uma das etapas e como trata-se de um trabalho em processo também conjectura-se que agora também é a hora de deixar as coisas um pouco mais claras que, imagino eu, devem estar no texto. Por exemplo, que é esse ser? Que conflitos foram os geradores desses espasmos, dessa dor, dessas quebras, dessa angústia, para que o público não os veja apenas como pessoas loucas, ou até vejam se for esse o objetivo. Só para instigar o próprio título, que animais impulsionadores desses pontos de tensão impulsionavam os personagens? Com o objetivo da comunicação, poderem investigar bem mais o sentimento ou entendimento da obra, a partir do imaginário que a palavra antropomórfico, suscita.
Como sugestão, sugiro que trabalhem mais os animais correspondentes a cada unidade dramática, talvez possa surgir daí idéias que deixem mais claro para o público menos especialista quem é aquele ser, além das debilidades mentais (sic) que o impulsiona.



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